LÁGRIMA
Que sinto no meu pescoço
Quando encostas o teu rosto ao Meu
E deixas que as tuas sombras
Sejam sorvidas pelo que sou
Deixando o teu pesadelo
Permitindo que o que sonho
Te ocupe os horizontes
Também possa ser Teu
Lágrima
No crepúsculo de uma vida
No principio
De uma comum existência
Choras porque não acreditas
Que o Amor
E a felicidade
Podem ser a nossa máxima valência
Lágrima
Talhada em carne
Que penetra até a mais dura pedra
No segredo
Do que o teu silêncio perene encerra
Lágrima
Embora eu Te diga
Que Estou
E estarei sempre Aqui
Para que não tenhas medo
Para que aprendas a sorrir
Imitando o grito de vida
Emitido pela criança
Que um dia havemos de gerar
Quando aprenderes
A não mais
Lágrimas
Deitar…