LÁGRIMA

Que sinto no meu pescoço

Quando encostas o teu rosto ao Meu

E deixas que as tuas sombras

Sejam sorvidas pelo que sou

Deixando o teu pesadelo

Permitindo que o que sonho

Te ocupe os horizontes

Também possa ser Teu

Lágrima

No crepúsculo de uma vida

No principio

De uma comum existência

Choras porque não acreditas

Que o Amor

E a felicidade

Podem ser a nossa máxima valência

Lágrima

Talhada em carne

Que penetra até a mais dura pedra

No segredo

Do que o teu silêncio perene encerra

Lágrima

Embora eu Te diga

Que Estou

E estarei sempre Aqui

Para que não tenhas medo

Para que aprendas a sorrir

Imitando o grito de vida

Emitido pela criança

Que um dia havemos de gerar

Quando aprenderes

A não mais

Lágrimas

Deitar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 05/04/2009
Código do texto: T1524119
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