Cântico Do Amor
A lua salpicou poemas no oceano.
Então, as ondas o sonorizaram,
foram nênias de amor
que falavam em saudades, derrotas,
de passagens remotas.
Foram poemas que encontraram a morte
na solidão das rochas.
Ainda hoje, a lua projeta-se contra o oceano
em busca do poema perdido.
Ah, e eu, que em ti salpico meus versos,
morreria de encontro ao teu corpo,
se os encontrasse, pelo espaço flutuando.
Minhas cantigas de amor,
são rimas pobres,
poemas infundados,
que aos teus olhos tornam-se nobres
em apenas um tema.
Falam de dois amores, dois passados,
em um só motivo;
um só amor para um poema.