Irrestrito amor
Quem de fato ama a alguém?
Falo, irrestritamente!
Quem?
Que se apresente esse doente!
No mínimo, exageradamente carente.
Ou então, que me perdoem dessa vez os amados
Maculados em sua individualidade
Sufocados em sua liberdade
Enganados na interpretação do sentido amor
Quanto à sua verdadeira modalidade
Que não se assustem os amantes
Que não se revoltem os apaixonados
Com os primeiros o tempo dirá se é constante
Com os outros que será apenas um estado
O amor, na verdade, é um mar
Para onde correm todas as águas
Que quase nunca se mede o teor
A composição,
Os mais variados estados da precariedade
Canta-se ao azul turquesa
Encanta-se com verde espumado
Enquanto os matizes se digladiam para se mostrarem um
Com o sol indiferente a lhes expor a verdade
Que ninguém por isso desista da utopia
Nem de quase certamente me considerar desajustado
Pois tal como irreverente digo essas heresias
O dia a dia mostrará o quanto posso estar errado... Ou não!