Não gosto do anonimato
Não gosto do anônimo,
do anonimato.
Não gosto das palavras anônimas,
não me alcançam.
São vazias e sem nexo.
Vivem num poço profundo
e sem água.
Vivem sedentas de significado...
São profundamente tristes,
por fugirem da Verdade.
São profundamente egoístas,
por não se darem a oportunidade
de vir a ser...
Não gosto de sentimentos anônimos.
São covardes!
Possuem o negro da noite,
sem o brilho das estrelas
ou a luz do luar.
São recalcados em temores
obscuros e insensatos.
Não possuem a Clareza e a Pureza
do Ser-Capaz.
O Ser-Capaz de se mostrar,
de se expor, para, em meio às impossibilidades,
ser possível.
Em meio à distância, à separação,
estar junto, estar próximo, estar...
São obsoletos...e infelizes...
Não sabem amar...