Sombra...

É noite... a chuva cai, mansinha, lá fora.

Os relâmpagos - como espadas inflamadas -,

riscam frases inertes, por todo o céu.

O assobio do vento traz-me recordações;

Momentos... afinal, a vida é um breve

período de tempo, marcado por

alguns bons momentos. Ingenuidade...

O som das folhas batendo contra o portão

faz-me pensar em você. Você? Eu?

Escolhas: precisamos fazê-las! Escolhi amar.

Escolhi amar...; e o que é o amor?

Sou leigo; tu podes, ser o meu professor.

Trata-se de um história sem fim...

como o céu e o mar, o beija-flor e o jasmim.

Ainda chove. Não sei o que pensas;

Não importa! Sempre estou com você!

A chuva vai penetrando noite afora...

Se ao menos pudesses ouvir-me...!

Sussurraria, qual doce e suave brisa,

envolta por um amor quase platônico!

Afinal, o que sei quanto à isso?

Não podes tocar-me, apenas sentir-me;

mas, vou lhe revelar um enigma:

_ Não sou decifrável! Não me conheces.

É isso o que sou...

um compositor da vida real.

Todos os dias...

Só me compreenderás lendo-me!

Está amanhecendo. Preciso ir,

para que não me vejas aqui

e me conheças assim como sou, pois

não tenho olhos, mas choro por você!

Não tenho face, ou mesmo um corpo.

Não sou ninguém. Apenas uma sombra

à procura do verdadeiro amor,

para poder sonhar, sorrir, e...

"VIVER"!

Adeus...

jony marcos martins, 31/01/2002

Jony Marcos Martins
Enviado por Jony Marcos Martins em 01/04/2009
Reeditado em 26/12/2019
Código do texto: T1517726
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