VOU FALAR DE AMOR…

Palavra dita

De uma forma quase sagrada

Ou mesmo sagrada

Com suave inquietação

Doce fervor

Sim…

Vou falar de Amor…

Borboletas no estômago

Arrepios que devoram corpo e alma

E a realidade

Que de súbito muda de cor

Parece pois óbvio

Vou falar de Amor…

Sonhos que invadem o dia

Sabor intenso a paixão

Doce que não perde a validade

Ao levar ainda mais longe a imaginação

Palavra na ponta da língua

Poemas que despertam do nada

Sentimentos que sobem aos céus

Na osmose perfeita

De os Teus sonhos serem também os meus

Beijo dado na idade da lucidez

Com a inocência da infância

Mistura de corpos

Por desejo

Ou porque se deseja ver o prolongamento do sentir

Ao fazer e nascer uma criança

Pontes que atravessam rios paralelos

E que só desta forma se podem tocar

No sorriso mais belo de todos

Que é o teu

Que possuo a honra

De ser dirigido para mim

E que até as estrelas morrerem

Interiormente

Essa imagem

Esse momento

Irei preservar

Total irrelevância da dor

Domínio incontestável do prazer

É insofismável que…

Acabei de falar de Amor…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 01/04/2009
Código do texto: T1517069
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