VOU FALAR DE AMOR…
Palavra dita
De uma forma quase sagrada
Ou mesmo sagrada
Com suave inquietação
Doce fervor
Sim…
Vou falar de Amor…
Borboletas no estômago
Arrepios que devoram corpo e alma
E a realidade
Que de súbito muda de cor
Parece pois óbvio
Vou falar de Amor…
Sonhos que invadem o dia
Sabor intenso a paixão
Doce que não perde a validade
Ao levar ainda mais longe a imaginação
Palavra na ponta da língua
Poemas que despertam do nada
Sentimentos que sobem aos céus
Na osmose perfeita
De os Teus sonhos serem também os meus
Beijo dado na idade da lucidez
Com a inocência da infância
Mistura de corpos
Por desejo
Ou porque se deseja ver o prolongamento do sentir
Ao fazer e nascer uma criança
Pontes que atravessam rios paralelos
E que só desta forma se podem tocar
No sorriso mais belo de todos
Que é o teu
Que possuo a honra
De ser dirigido para mim
E que até as estrelas morrerem
Interiormente
Essa imagem
Esse momento
Irei preservar
Total irrelevância da dor
Domínio incontestável do prazer
É insofismável que…
Acabei de falar de Amor…