AMORES E ACASOS
Foi quase sem querer!
Igual suspense de cinema mudo
Eu sorria com os gestos
E você gesticulava enquanto sorria
Ali percebi que sua presença seria eterna em mim
E que a saudade só traria agonia
Amor nasce assim...
Feito chuva que se forma em gotículas de orvalho
Colorindo as rosas do jardim
Eu sei que foi sem querer!
Teus olhos nos meus
Percorrendo sem fim
Meus olhos nos seus
Delirando... Por vezes implorando
seu beijo carmim
Nada é por acaso!
Encontros mal marcados
Desencontros
Esbarrões inesperados
Com gosto de pecado
Safados
E foi assim
Meio sem querer... Quase por acaso
Entre repentes de lucidez
E constante insensatez que nascemos
Um ao outro
Feito fatias de um mesmo pão
Como duas tatuagens feitas
Pelo mesmo artesão.
Assim nasce um amor. Do nada!
Mas vira mundo... Imensidão
Ou nasce simples
Como um beijo roubado no portão