AMORES E ACASOS

Foi quase sem querer!

Igual suspense de cinema mudo

Eu sorria com os gestos

E você gesticulava enquanto sorria

Ali percebi que sua presença seria eterna em mim

E que a saudade só traria agonia

Amor nasce assim...

Feito chuva que se forma em gotículas de orvalho

Colorindo as rosas do jardim

Eu sei que foi sem querer!

Teus olhos nos meus

Percorrendo sem fim

Meus olhos nos seus

Delirando... Por vezes implorando

seu beijo carmim

Nada é por acaso!

Encontros mal marcados

Desencontros

Esbarrões inesperados

Com gosto de pecado

Safados

E foi assim

Meio sem querer... Quase por acaso

Entre repentes de lucidez

E constante insensatez que nascemos

Um ao outro

Feito fatias de um mesmo pão

Como duas tatuagens feitas

Pelo mesmo artesão.

Assim nasce um amor. Do nada!

Mas vira mundo... Imensidão

Ou nasce simples

Como um beijo roubado no portão

luis lopes
Enviado por luis lopes em 31/03/2009
Código do texto: T1514784
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