Caminho novo
Tonto e triste enxergo a estrada.
Meus passos ébrios vão embora,
meus olhos choram,
meu coração dispara.
De galho em galho pulo.
Há um tempo de dor, outro de tudo,
onde acho de andar sem ir.
Se não me queres, deixa-me só,
no alento da solidão do tempo,
no aconchego da noite,
no advento do dia.
Já passam as horas de indecisão.
Não me importo com o que perdi,
devo seguir feliz nessa estrada
embora não saiba de suas paradas,
nem do tamanho do seuchão.
Tonto e triste enxergo a estrada...
sou o caminho, tenho a alma refestejada
e tudo há de mudar
até que o meu coração volte a amar
e não me sejam mais amigas
essas tristes lágrimas tristes,
essas tão tristes lágrimas...