Margarida
No jardim da vida
Hoje não há
Tristeza maior
À de Margarida
Que chora num canto
Exposto no meio
Da multidão
Nenhuma flor sabia
O que se escondia
Atrás do reflexo
do espelho dela
a flor amarela
a flor Margaria
Hoje o sol dela morreu
A lua entristeceu
O peito esmoreceu
e o riso esqueceu
de sorrir
Nem cravo, nem rosa
Nem verso, nem prosa
Nem arlequim
Margarida foi morta
Pela morte do amor
Bem no meio do vale
Da Paraíba da saudade
Ela hoje era dor
Era toda dor
A flor margarida do amor
para minha avó, com muito amor