templo do sentir
o sentir arde no templo das lembranças
nas veias corre o sangue dos fetos afetos
não sabia que beijar doía tanto amar
e mesmo que abraçar criaria memórias olfativas
o encanto de dois olhos amados a nos fitar
a música metamorfoseada em voz rouca
sinto na alma a visão de dois corações fundidos
em alados suspiros dourados na primavera
são duas mãos tateando vales silenciosos
em séquitos de compassos velados- ais
onde o desespero da ausência se confunde
no dizer da volta pelos mesmos caminhos
o amor encoberto de espinhos e mel
ostenta nos cimos a rosa translúcida
de onde os olhos que a podem ver
são subjetivos de sentimentos despidos