templo do sentir

o sentir arde no templo das lembranças

nas veias corre o sangue dos fetos afetos

não sabia que beijar doía tanto amar

e mesmo que abraçar criaria memórias olfativas

o encanto de dois olhos amados a nos fitar

a música metamorfoseada em voz rouca

sinto na alma a visão de dois corações fundidos

em alados suspiros dourados na primavera

são duas mãos tateando vales silenciosos

em séquitos de compassos velados- ais

onde o desespero da ausência se confunde

no dizer da volta pelos mesmos caminhos

o amor encoberto de espinhos e mel

ostenta nos cimos a rosa translúcida

de onde os olhos que a podem ver

são subjetivos de sentimentos despidos

Iva Tai
Enviado por Iva Tai em 27/03/2009
Código do texto: T1508577
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