PERFUME

Tornei-me amante desse teu silêncio.

E te espero; no amor de outros braços.

Há pouca lume no meu quarto;

E nas paredes, velhas cores desbotadas.

E em teu silêncio,

desventuro-me à loucura

E em meu silêncio...

vejo a par, o pôr do dia.

...

E se te escrevo; me atrevo ao teu encanto.

E te espero, no pesar de novos dias.

Sou amante e me aventuro ao novo mundo;

Deixo perfume nos lençóis das concubinas.

E se te perco.

O meu mal não foi ter medo.

O meu pecado...

foi não ter te conhecido!

...

Teu silêncio sobre a cama. Flor e tédio.

Na estante...

velhos livros que não li

os primeiros poemas que escrevi.

E nos versos; nome, “Ana”! que te dei.

Ismael Alves
Enviado por Ismael Alves em 26/03/2009
Código do texto: T1507341
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