PERFUME
Tornei-me amante desse teu silêncio.
E te espero; no amor de outros braços.
Há pouca lume no meu quarto;
E nas paredes, velhas cores desbotadas.
E em teu silêncio,
desventuro-me à loucura
E em meu silêncio...
vejo a par, o pôr do dia.
...
E se te escrevo; me atrevo ao teu encanto.
E te espero, no pesar de novos dias.
Sou amante e me aventuro ao novo mundo;
Deixo perfume nos lençóis das concubinas.
E se te perco.
O meu mal não foi ter medo.
O meu pecado...
foi não ter te conhecido!
...
Teu silêncio sobre a cama. Flor e tédio.
Na estante...
velhos livros que não li
os primeiros poemas que escrevi.
E nos versos; nome, “Ana”! que te dei.