A Lembrança que Levo
Do exílio, levo uma lembrança:
A beleza de um rosto me encanta.
Portanto mantenho a esperança
E minh’alma sofrida a si mesmo espanta.
Por essa paixão que nasceu entre dores,
Revivo quem inutilmente padeceu
Salto do túmulo com fortes odores
Com o coração que de amores reascendeu.
E como a lua de intenso brilho
Coro o rosto de constante alegria,
Como a mãe orgulhosa vê o filho...
Vencendo em definitivo a nostalgia
Corto para todo o sempre o longo fio
E me livro da lembrança em agonia.