Minhas mãos...
Tranquei-me no avesso de tudo,
onde o mundo não me era nada
e eu nada sabia de mim.
Impronunciado choro verteu triste
longe da presença tua,
próximo da saudade tida,
como um outro choro visitado.
Trêmulos lábios esses teus,
desbeijados dos meus,
carentes dos nossos delírios.
Teu avesso me prende do lado de dentro
onde arranquei as portas do meu coração
e, para sobreviver, fechei janelas,
cerrei a boca...
abri as mãos.