MEU AMOR…
Está…
Nas horas que não passam
Até que a possa ver
No tempo mentiroso que vai medrando
E nessa intemporalidade
Por vezes parece que vou morrer
Nas cartas que lhe escrevo
Pela noite fora
Sabendo que o carteiro não vai ser célere
E que vou sofrer pela demora
Neste férreo sentimento
Que me consome
Que é um portento
Que é o que tenho de mais belo
Para lhe oferecer
Porque sei que a bem
Ela o irá receber
Nos beijos dados
E outras carícias secretas
Que fazem desta coisa abstracta que é o Amor
Uma coisa bem concreta
E resume-se tudo isto
A pequenas bolhas de ar
Que contêm os suspiros
Do meu respirar
E todo o desejo imenso
De a Amar