MEU AMOR…

Está…

Nas horas que não passam

Até que a possa ver

No tempo mentiroso que vai medrando

E nessa intemporalidade

Por vezes parece que vou morrer

Nas cartas que lhe escrevo

Pela noite fora

Sabendo que o carteiro não vai ser célere

E que vou sofrer pela demora

Neste férreo sentimento

Que me consome

Que é um portento

Que é o que tenho de mais belo

Para lhe oferecer

Porque sei que a bem

Ela o irá receber

Nos beijos dados

E outras carícias secretas

Que fazem desta coisa abstracta que é o Amor

Uma coisa bem concreta

E resume-se tudo isto

A pequenas bolhas de ar

Que contêm os suspiros

Do meu respirar

E todo o desejo imenso

De a Amar

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 25/03/2009
Código do texto: T1504726
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