AMOR ETERNO (O amor visita todas as eras) - Retrô

Não sou pretensioso. Sei que não conseguirei falar!

Os números não findam, o céu não se mensura;

As nuvens não se prendem, o mar não se resseca;

Não se explica a ternura, não se alcança a linha do horizonte;

Não se ultrapassa o guepardo, não se elucida o mistério da vida!

Não sou de outro mundo. Sei que não serei perfeito!

O menino às vezes renasce, o inseguro às vezes governa;

O temeroso às vezes brota, o intemperante se revela;

O dono da verdade reivindica, o insano assume o trono;

O injusto requer atenção, o orgulhoso cessa a palavra devida!

Não sou onipresente. Sei que perderei cenas vitais!

Onde estarei eu quando cair aquela preciosa lágrima?

Onde estarei eu quando o frio da amargura requisitar meu calor?

Onde estarei eu quando a solidão fizer de mim sua multidão?

Onde estarei eu quando a cura for uma simples palavra minha?

Não sou o que há de melhor. Sei de meus limites evidentes!

O homem cujo coração te oferta, tem feições de pouco encanto;

O homem que te fala á alma, é o menor dentre os sábios;

O homem que almeja teu céu, é o mais apagado de todos os astros;

O homem que destila paixão por ti, é o mais humilde dos mortais!

E sigo sem conseguir dizer o quanto te amo...

E sigo reconhecendo minhas imperfeições...

E sigo tentando me fazer presente na hora certa...

E sigo sem encantos e sem brilho...

...mas sigo te amando...eternamente!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 24/03/2009
Código do texto: T1503655
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