Melancolia do Haver
Perdoe-me se choro, vazio e tanto,
Pois o mar potencializou meu pranto
Penando baixinho, e aos poucos,
Lembrando o que já passou...
Resta então esta bondade passiva
Esse penar calmo, lento e vazio
De um olhar inocente e massivo
Que o mundo transbordou.
É esse falso sorriso que carrego
Responsável por toda nostalgia
Que finda em sonhos desvairados?
Não será só a poesia do haver
Responsável pela melancolia
De um poeta apaixonado?