Doce inferno

Talvez o teu talvez não dure tanto

e o que eu te peço com furor não cause espanto

e tu me digas do teu amor mais consciente.

Tu me amas?

Gosto de saber de ti o amor que ronda

entre o teu olhar e a minha sombra

vestida de certa inocência inacabada.

Eu te amo, sim!

Desejo o teu corpo sobre mim,

andando no silêncio de minhas ânsias,

como se para nós dois não nos faltassem rumos.

Trago-te de longe o que eu encontrei comigo

nas baças noites entre sonhos e castigos

por ao distante estar não te ter por perto

ao alcance de um forte abraço

ou na doce presença de um permissivo inferno.