Vento

Deixe que eu viva na luz do teu olhar
Sobre a ternura sem fim: inabitado, perdido,
Ameno, inerte, infeliz, apaziguado,
Como se fosse a esboço de um mistério.

Deixe que viva nos teus segredos
À sombra de teu olhar, nos teus gemidos,
Que o transeunte possa ouvir sem medo,
O meu sussurrar no deserto esquecido.

Deixe que eu seja a calma humilde da paz.
Que eu viva a alegria do amor profundo,
E me perca na voz macia do encantamento.

Deixe que eu viva entre sentimentos e mitos,
Deixe que eu me espalhe pelo mundo
E ofereça paz, amor e alegria aos desditos
.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 22/03/2009
Reeditado em 22/03/2009
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