DELÍRIO ARDENTE

Esse louco sentimento entrecortado de paixão

Rege-me nas sendas que enlouquece e tortura,

Ecoa em gritos pelos céus, como uma explosão

Numa dor que não cessa levando-me à loucura.

Pensamentos que habitam comigo em meu leito

Trazendo-me lembranças de tristes dias outonais.

Caprichosamente queimando voraz em meu peito,

Numa mistura de desejos e sensações paradoxais.

Perto de ti, me acalmo e aos pouco adormeço

Sonhos lindos de amor que vão me embalando

Onde tudo se aplaina, me acalma e eu esqueço

Num eclodir do amor que marcas vão deixando.

Reflito bastante, geometria que não posso entender

Tenho dúvidas e indecisão de um homem incoerente,

Concluindo que tudo em mim são decotes de você

Eflúvios de amor de um indecifrável delírio ardente.

Escola do poeta/RJ - 08/03/2003

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Lewilson
Enviado por Lewilson em 21/03/2009
Código do texto: T1498681
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