TERNURA DO VIVER
Na minúscula manhã solitária
de indomáveis e fulgurantes sonhos,
crescem as árvores pacíficas
no canto do silêncio de suas liberdades.
No fluir da tarde lenta
de mansas nuvens frias,
o tempo movimenta o vento
abrindo o lençol da distância,
quebrada pela intensidade do acaso
no vôo dos pássaros que se abrigam.
Ao cair à bela noite
a floresta canta com seu coral de muitas vozes
ecoando na alma da mansidão do repousar,
onde aos poucos os olhos fecham-se
no boa noite do descansar,
apagando-se a sombra da ternura do viver
até o novo dia amanhecer.