Vem...

Vem

Vem comigo

É Domingo

Vem correr

Perigo

Perigosamente

Vem

Correr mundo

Em busca de abrigo

Você comigo

Eu contigo

Paro

E parado percebo

De um salto

O salto alto

Do qual brotam

Duas pernas

Longas firmes sensuais

Não grossas nem finas

Ideais

Pra servir

De suporte

Ao corpo escultural

Do qual não vi igual

Do jeito

Que sempre sonhei

Que sempre imaginei

A mulher ideal

Com um ar intelectual

E aqueles lábios

De veludo encarnado

Vermelho pecado

Que chamam a minha atenção

Nada mal

Penso num vale viagem

Um começo selvagem

Pra começar a viagem

Minha mente vadia

Começa a vadiar

Inicio a viagem

Sem nada planejar

Eu você nós

Os nos da corda

Que prende a caçamba

Na corda bamba

Atiro-me no poço fundo

Negro escuro

Retratado na xícara

De café

Onde foi se colocar

O foco da minha imaginação

Do imaginar

A ação

Do detonar

A ação

Da detonação

Em estilhaços

Ficou meu coração

Cheio de ilusões

A respeito do amor

Da dona da boca

Com lábios de flor

De rosa vermelha

Pedindo beijos

Querendo amor

Depois

Que ela se foi

Sem nem ao menos

Dizer adeus

Na será

Ação

Na separação

Na verdade

A ilusão

Passa-se só

Na minha imaginação

De garanhão

Latino americano

Que fico pensando

E acho que é verdade

O que penso sem nenhuma maldade

E então

Volto

À mesa

A sala

Ao café da manhã

A xícara de café

Ao pão com manteiga

A goiabada com queijo

Só não vejo você

Porque você não esta

Nem aqui

Nem em outro lugar

Visível

Ao olhar

Ou onde eu a possa encontrar

Você esta

Na minha imaginação

No meu coração

Na minha paixão demente

Você esta ausente

Eternamente

Pois é só

Mais uma ilusão

Mais uma miragem

Na parede de dentro

Dos meus olhos

ABittar

poetadosgrilos