Vida Que Passa

Vejo quem fui, e sobretudo quem não fui

Viro-me para o passado sinto-me ferir na carne

Mas antes que eu veja a verdade estou ferido

Olho e o passado é uma espécie de futuro para mim

Em que o viver é suave, certo e simpático

O olhar que busca beleza e ela está em tudo

Vejo todas as coisas, e maravilha-me de tudo

Tocar as pessoas e sentir sua pele

O tato que registra e nos faz relembrar

Sentir como se fosse neste instante o toque

Reparo para a vida que passa lenta

Sigo-a sem me mexer, só pensamento

Vou ao lado dela sem ela saber

Porque de tão interessante que é

Ela não me nota, não me acena

Segue seu rumo belo e maravilhoso

Deixando um rastro de perfume inebriante

Para quem sabe amar, sorver, sorver...