NOVAMENTE AURORA
Raptei a mulher
na porta de casa,
o carro geme
a febre do casal
em depravação e acalanto
A aurora observa
olhando pelos pássaros,
há um anjo no vento
julgando o cio
- entregamos a ele o mapa
Canibal canibal
o peregrino é o tal
o cachorro traz a notícia:
o peregrino vende o terror e o luto,
não vou à audiência
- que o peregrino apresente as provas
de que faltamos
quando a conspiração se fez necessária!
ensinávamos às crianças
magia e esperanto
Cemitério de automóveis:
é lá que a Inocência foi deixada,
quando o assassino cantou
envenenando o punhal
mil amantes se desnudaram
oferecendo o ventre liso,
quem parar o sacrifício
recebe riquezas e odaliscas,
venham todos à barraca dos rostos,
é hora de sorrir e esvaziar o inimigo
Aonde os meus pés aguentarem sangrar
levo a mulher e não reclamo,
onde acender a fogueira é para a festa/
amo a mulher tão louco de enxergar
os ensinamentos das lendas,
quando for novamente aurora
da carne dela trarei seivas fabulosas
cuja doçura é para o deserto
a flor que lava o sonho
do homem na esperança-feroza