Sonho de amor
Na luz mansa que descia de um candelabro,
num cenário histórico,
ouvi pela primeira vez os acordes de seu violino.
A cravista ocultava o rosto
com seus longos cabelos;
o seu rosto estava livre,
angelical...
No salão com colunas e estátuas antigas,
o museu parecia em festa;
jamais o vi tão belo.
Você era o cavalheiro errante
a penetrar meus mais lindos sonhos,
me consumindo de amor...
Quando você sorria,
sentindo o chamado da música,
meu coração transbordava de alegria
como se você estivesse tocando apenas pra mim.
E, no embalo dos sonhos da mulher-criança,
me transportei para o mundo da fantasia
onde pudéssemos viver
nossa louca e mágica
história de amor.
Ao ouvir os aplausos
e os gritos,
(Bravo!),
Despertei-me,
vendo o meu castelo ruir...
Fechei os olhos,
obrigando meus pés a se erguerem do chão,
saí do solar.
Sentindo a distância que existia entre nós,
a cada passo que caminhava,
nem sequer tive coragem de olhar para trás...
julho/2003