POEMA SACANA

Entreaberta, mas a gargalhada escapa cínica...

Admoesto os meus próprios pensamentos

num sermão tímido só para o eu escutar,

e ouço daqui você sorrir da minha mímica.

Não ligo; as emoções não são superficiais,

nossas palavras; soltam-se leves, cúmplices,

e os gestos inda que totalmente virtuais,

vibram como se não fossem, de tão naturais.

Apesar das terras roxas, longe da minha estância,

fundiram-se os quereres, as bem-aventuranças,

nas trocas do prazer de dar e receber a alegria.

Mesmo com essa dificuldade já dita da distância.

Há e haverá o amor fraterno, com acuidade e zelo,

como planta germinada que enraizou forte,

cresce frondosa, cheia de flores, frutos e mais;

mostrando com emoção; que a poesia é um norte.

Então te surpreendo. me revelo um sacana incorrigível,

declamando meus versos, rimando, sorrindo, “zoando”,

tentando cantar os poemas com a voz sem falsete,

roubando descaradamente um beijo dessa tua boca,

[gostosa... toda lambuzada de sorvete.

zesilveiradobrasil
Enviado por zesilveiradobrasil em 16/03/2009
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T1489396
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