NOS OLHOS TRISTES DE PENÉLOPE

Vejo rastos de lágrimas

De uma triste Odisseia

De uma história tão lúgubre

Que quase perde o sentido

Dos mares que nos separam

Por Eras de Amor

Da saudade

Por não estar contigo

Nos olhos tristes de Penélope

Observo

A teia da vida

Que fazes e desfazes

Enquanto te magoa a memória

Esperando

Não querendo esperar

Pelo épico encontro

Que seria a Nossa Glória

Nos olhos tristes de Penélope

Perpassam pedaços de sonhos

Interstícios do indizível

Porque se juntos somos uma impossibilidade

Separados

Bem, tal parece impossível…

Nos olhos tristes de Penélope

Sinto o Amor

Que um dia

Mas não hoje

Nem amanhã

Faremos sob o dossel

Do inefável

Suave

E perene aragem

Que no futuro

Soprará nas velas do meu barco

E que porá à minha demanda um fim

Para que o sofrimento acabe

Para que para sempre

Vá e fique

Junto de Ti

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 15/03/2009
Código do texto: T1488114
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