****A escrava que habita em mim****

A escrava que habita em mim,

é ousada, é tarada, é vagabunda.

Me leva por caminhos que não tem fim,

Brinca com grelo, é uma imunda.

A cadela dócil saí e ela entra,

Bem putana, pede e clama.

Atrevida essa escrava, trava a algema,

Pelo leite grosso, ela só chama.

Dessa insolente tenho orgulho,

Com ela ando no escuro, sou entulho.

Ela se oferece com maestria, bem canina...

Dá vida a mulher, me faz menina,

Por vezes, por dentro me embrulho;

Sou poetisa jogada no mergulho...

Estela Maris
Enviado por Estela Maris em 15/03/2009
Código do texto: T1487281
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.