ONDE EU ESTIVER, LEVAR-TE-EI COMIGO
Estou prestes a iniciar a minha maior aventura literária de sempre, escrevendo ao mesmo tempo quatro livros que me irão concentrar quase toda a minha atenção.
Já estão quase prontos mentalmente, e já comecei um exaustivo trabalho de pesquisa que me irá levar meses e a consultar centenas de documentos.
No fim dessa viagem que me poderá levar a outras nações, penso que estarei diferente, não sei de que forma, mas diferente, sei que serei o mesmo no meu cerne, mas desconheço o alcance dessa mudança.
Sei apenas que as coisas nunca mais serão as mesmas.
No vento que sopra
Anunciando novos tempos
Que são o meu templo
São o meu abrigo
São sinal de partir
Embora
Onde eu estiver, levar-te-ei comigo
As coisas
Às vezes têm necessariamente de mudar
Tal como muda a pedra
Talhada pelos elementos
E eu mudo
Talhado pelas ternuras
Dos teus infinitos talentos
E sim…
Falamos de amor
Porque este é o maior catalisador da mudança
Falamos de amor
Pois quando se fala dele
Há sempre uma nova esperança
Falamos de Ti
Falamos de Mim
Falamos de coisas
Que ninguém pode entender
Falamos de nós
E do que tem de ser
E tenho que partir
Rumo à alienação
Lúcida
Rumo aos mundos
Que tenho dentro de mim
E que tenho por isso de a luz do dia
Ou da noite lhes dar
Falamos de viagens
Físicas ou não
E do meu hipotético voltar
Porque é fácil perder-me
Nos caminhos da minha imaginação
E difícil regressar
Ao que deixei
Porque nada será jamais como dantes
E por isso refiro a mudança
Porque ela é vital
Da maior importância
Falamos de envelhecer
Sem o querer
Falamos
De mesmo assim
Jovem me manter
E assim
Meu Amor
Eu vou partir
Rumo ao desconhecido da minha mente
Porque tenho uma urgência
Desses recantos explorar
Gerando novas prosas
Novos poemas
Que é a Ti
Que irei dar
Não sabendo
Temendo
Se regressarei ao mesmo lugar
Ou sequer para Ti
Mas quero que saibas que
Para além de qualquer dor
Prazer
Ou perigo
O Amor
Esse nunca morre pois:
Onde eu estiver, levar-te-ei comigo