Amor...
Amor que minha carne consome
Vele por meus desejos infames
Seduza o abraço que te foge
Algemando-o antes que te abandone.
Amor que minha alma entorpece
Qual droga, inspirada, escondida,
Roube o beijo que te foge
Prendendo-o a tua boca maldita.
Amor que, de tão grande, é escárnio
Comparado ao amor de qualquer sorte
Limita-me a enxergar-me por dentro
Mostrando-me que não posso ser forte.
Ódio, então se apresente,
Apague as palavras queridas
Cure os males, aos quais me rendo,
E destrua o amor que me assombra a vida!