Verso-abraço

Brincas de amor, fazes-te fogo.

Queima em teu olhar o olhar do rosto

onde tua face existe,

onde teu rosto morre.

Se achei teu coração,

por que me magoas

e entre rosas vermelhas voas

sem querer pousar em mim

esse teu firme jardim

florido em tua alma toda?

Resolvo esconder-me da saudade

e busco-te entre as mãos assanhadas

catando em tua pele a outra morada

que cabe em meu amor cheio de fluidos.

Brincas de amor e já é tarde!

Folgueio neste beijo o último verso feito abraço