Primeira vez que vi Karina
A primeira vez que vi Karina,
O meu gênio tornou-se todo em festa
Brindaram num só tempo os faunos da floresta
Ao ver a ninfa que pousara docemente
Na flor mais rara, do jardim do coração
O meu riso, de tão largo quase não coube
No meu rosto tão delgado de menino
Ouvi cantar de pássaros , dobres de sino
E fremi , de desejo e emoção
Mas assim como o poema, tão inconsequente
Vi o riso desmanchar-se de repente
E chegar outono grave na floresta
Fois-se o fremir , a alegria e toda a festa
Vi tudo, se acabar dentro de mim
Foi bom pra aprender, a nunca mais amar assim.