Perdoa
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Assumo minha culpa, ó doce amado
Por ter desprezado o teu amor assim
Querias tanto permanecer ao meu lado
E eu, sonhando em voar, livre, enfim...
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Abdiquei do oferecido trono e coroa
Abri mãos dos teus preciosos versos
Hoje, flagro-me só, chorando à toa
Sem saber qual meu lugar no universo
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Quando hoje te vi, eu me dei conta
Que às vezes nosso coração apronta
Armadilhas que confundem a razão
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Mesmo tu dizendo a mim ser tarde
Te peço, ó meu amado, sem alarde
Reconsideres e me dê o teu perdão!
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(Lena Ferreira)