NEM SEMPRE

Conto os minutos que teimam em não passar

Quando tua ausência me faz sofrer assim

Pois a saudade, quando no peito vem a instalar,

É um desatino que não tem mais fim.

Perco o rumo, penso em tudo e nada,

Digo palavrões e amaldiçôo o tempo devagar,

Fico com raiva e com a cara fechada

Por causa desse amor a me devastar

O que fazer, quando se ama assim?

Penso na loucura, nesse desatino do coração,

O que me leva a pensar e a indagar enfim

Se tudo isso não é excesso de paixão.

Mas como curar o mal do qual não se quer a cura?

Talvez o remédio, o melhor a fazer nesses momentos

É aceitar que muitas vezes a vida é dura

E nem sempre pode haver amor sem sofrimento

Edmar Guedes Corrêa
Enviado por Edmar Guedes Corrêa em 12/03/2009
Código do texto: T1483559
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