NEM SEMPRE
Conto os minutos que teimam em não passar
Quando tua ausência me faz sofrer assim
Pois a saudade, quando no peito vem a instalar,
É um desatino que não tem mais fim.
Perco o rumo, penso em tudo e nada,
Digo palavrões e amaldiçôo o tempo devagar,
Fico com raiva e com a cara fechada
Por causa desse amor a me devastar
O que fazer, quando se ama assim?
Penso na loucura, nesse desatino do coração,
O que me leva a pensar e a indagar enfim
Se tudo isso não é excesso de paixão.
Mas como curar o mal do qual não se quer a cura?
Talvez o remédio, o melhor a fazer nesses momentos
É aceitar que muitas vezes a vida é dura
E nem sempre pode haver amor sem sofrimento