POEMAS PROFANOS: Bebamos a Vida...

Começa Florbela o soneto «O nosso mundo»:

Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos,

Como um divino vinho de Falerno!

Bom, apenas dirigiria à Poeta umas correções, sem ânimo lírico:

Beber a Vida, sim, mas também

gostar dela, saboreá-la

lentamente, como guloseima

breve e escassa...

Vinho de Falerno...

Já sei, clássico... Mas, tendo

vinhos do Porto e Alvarinhos,

não precisamos, cá, do estrangeiro...