O mal do tempo
O tempo
Marca a passagem
Pelo meu corpo
Dizendo que ele
Não é mais o menino de outrora.
Mas o menino da memória
Não reconhece o corpo-avô que o enclausura
E, fazendo estripulias, rodopia e cai
Machucando a bacia...
Antes que me esqueça
Lembrarei sempre de teu olhar tão terno.
Mesmo que esse mal me apague
Da memória as imagens,
No meu esquecimento
Me esquecerei de esquecer de ti.