DECEPÇÃO
Transfiro meus ideais a este jogo,
a esta troca de palavras
em forma de poemas.
São tentativas de sufocar o interior,
me ver despojado das frustrações
acalentando a saudade que habita,
que perambula nas vielas obscuras de minha vida.
Tento deitar nestas páginas meu descanso,
fazer dos ideais a pauta vitoriosa
aos olhos daqueles que me leem.
Tentar ser algo na dualidade...
na vida e na existência.
Rebuscar nos erros, seus motivos
e soltar ao mundo meus arranjos poéticos,
meu grito de perdão pelo nada feito.
Se nada fiz, a incúria foi certa,
marcando com fracassos minha nulidade.
Tentei ser algo, peço perdão,
pois no jogo das palavras, dei um “baile” na natureza
tentando ser poeta.