VAGUEANDO

Leia, caminhe paulatinamente

pelo que escrevo.

Suba ao ponto mais alto,

ao cume de minha poesia.

Saibas que fui um esteio podre,

na corrida contra o tempo

fui vencido, sem saber dos vencedores.

Não tive glórias, nem lutas,

fui fraco, quase covarde.

Leia, prossiga nesta jornada

onde busquei alento,

onde fui febre de amor,

sorriso de criança.

Fui também proscrito em fuga,

em busca de refúgio.

Mas enfim, passei pelo descanso

desfrutando de tudo que antes não tivera.

Leia, caminhe pela tortuosa viela,

os becos escuros transmitidos por mim,

e lá no fim me encontrarás...

inda a tua espera.