MEU AMOR, EU NUNCA…
Te deixarei cair
Pois tal como Tu
Eu não tenho para onde ir
Meu Amor, Eu nunca…
Te quererei ver mais a chorar
Pois o nosso oceano está cheio
Das nossas lágrimas antigas
Onde temo
Nos possamos afogar
Meu Amor, Eu nunca…
Permitirei
Que a noite ocupe o lugar do dia
Pois se há noite somos jovialmente tristes
É com o sol
Que brilha com mais pureza a nossa alegria
Meu Amor, Eu nunca…
Autorizarei ao deus das coisas vãs
Que não me permita cobrir-te de beijos
A inundar-te com o amor infinito
Que tenho para te dar
Seja a nível corpóreo
Quer seja táctil
A tristeza é um caminho do facilitarismo
E eu
Eu nunca gostei de nada que fosse fácil…
Preferi sempre
Caminhos
E vias complicados
Pois é através da árdua luta
Que sou o que sou
Que me amas como sou
E que estás a meu lado