Pretérito perfeito

Pude pensar mil vezes!

Pude imaginar incontáveis momentos..

Pude dormir e acordar sempre para te encontrar...

Pude estar... Num querer maior que minha razão e bem incomum a minha carne.

Tão profundo a minha alma.

Contei as fases da lua sempre vendo o luar.

No céu procurei as três Marias e encontrei a constelação de escorpião.

Senti o frio inverno até o intenso calor de verão.

Não te esqueci um só dia, acredite ou não.

Pesada foi a dor, nada brando foi o furor da realidade nua e crua, que nunca pude cobri-la nem tão pouco aquece – La.

E com tudo no pretérito perfeito o verbo não se fez...

Cristina Gonçalves
Enviado por Cristina Gonçalves em 09/03/2009
Reeditado em 25/10/2012
Código do texto: T1477695
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