No Elevador

Enfim sós, eu e quem quer que seja,

Enclausurados por instantes em um elevador.

É um momento único de intimidade entre dois estranhos.

Nem eu converso, nem ela fala nada,

Nem eu me arrisco, e nem ela.

Mas por frações de segundos os olhares se intercalam

E como que indagassem: Quem é você?

Juízos se formam nas cabeças suspensas por cabos de aço.

E quando, talvez, fossem ao menos perguntar as horas,

Só para puxar papo,

A porta se abre,

Ela sai,

Eu permaneço enclausurado,

Por instantes,

Mas enclausurado.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 07/03/2009
Código do texto: T1474500
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