O AMOR
O amor é calmo
Chega de mansinho
Devagarinho
Como só o amor
Sabe chegar
E traz com ele um punhal
De dois gumes
De um lado o puro encantamento
Mas do outro o triste dilacerar
Ainda assim...
Não fujo à este sentimento
Mesmo que tudo não passe
De um momento
Me entrego de braços abertos
Sem temer...sem vacilar
Nasci para amar
E não quero amar pouco
E não quero um pouco de amor
Porque o pouco é para os descontentes
O pouco não me supri
E deixo o amor pouco
Para quem pouco saber amar
E vou amando grandemente
Porque o amor é paciente
Saberei esperar...
E todo sentimento que externar
Do meu peito
É a ti que vou falar
Quero o amor expurgando
A dor
Me envolvendo docemente
Queimando o passado
Clareando o futuro
Mas sobretudo que seja
O colorido do presente
Então...deixe que eu te ame
Quero a ousadia de poder sentir
Tudo que o amor me permitir.