Já é hora!
Vou buscar tua alma a qualquer hora
quando algum instante teu chamar-me rindo
e teu olhar olhar o meu pedindo
e nossas mãos se acharem dadas.
Vou trazer teu beijo em minha boca
e fazer teu corpo e tu amantes loucos,
como se dois de nós nos fossem poucos.
Vou dizer à tua voz que eu sei te amar
e refazer castelos e saciar
as fomes que nos comem nessa ingrata demora.
Já é hora, pois, de destruirmos distâncias
e ventanearmos nas bonanças,
nos loucos ventos que mais nos apaixonarem
trazendo fôlegos, tragando ares,
no cio de um reencontro belo e invulgar.