O AMOR EM SI...

O amor que vive de si mesmo

E nunca fenece com a distancia

Lança raios de paixão a esmo...

E trovões de dor e esperança.

E nessa tempestade de desejo,

O amor em si mesmo se levanta...

Dentro da tristeza em que me vejo,

Um torpor celestial se agiganta!

Em cálidos momentos cantaria,

O amor que de si mesmo se fez forte

E nesses momentos, quem diria,

Esse amor lutou até a morte...

Mas morrer foi um começo apenas

Pro amor que consegue renascer

Com a ternura de doces açucenas

Ancorado em tão grande poder...

Mas pode um amor ser assim monumental?

Pode ele suprimir maus sentimentos?

Colocando-se acima do bem e do mal

Enquanto eu caio em bálsamos de contentamento...

Não. Talvez esse amor não seja tão surreal,

Nem seja verdadeira essa paixão

E eu, estou fora da realidade.

Dentro de um mundo sem razão...

Mas quem sabe esse amor me surpreenda,

Tirando de mim a conclusão

Que a vida é um passo em falso á venda

Na vitrine sedutora da ilusão.

Talvez nesse dia eu me arrependa

Por não ter amado a exaustão

Pois a vida em si só vale a pena

Quando o amor é coberto de paixão.

Nilton Junior
Enviado por Nilton Junior em 04/03/2009
Código do texto: T1469683
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