Entender Amor

Sentir o amor em sua escência ou,

Sem a sua escência

Não sei..apenas sentir,

Viver sem entender

Talves a busca seja tão constante que

É permitido perder-se em devaneios, em sonhos, ilusões

Por não saber quem é o amor, ou o que é o amor

Até o que se sente, ou como se sente este amor

E na incansável busca de ter este amor

O impossível acontece, o inesperado sempre vem

As feridas são tantas e as lágrimas também.

Se a sensibilidade estivesse na alma

Talvez o sofrer não existisse, pois sentiria o amor em seu todo

Mas o mundo é real, onde a alma para alguns é detalhe

A cegueira de um mundo perverso, ganancioso, faz do amor um fora de moda

Um motivo de timidez, vergonha, falta de expressão

E o tempo..ah o tempo, este é cruel

Não permite esperar para amanhã

Tão pouco te espera

Ele simplesmente vem e passa, como o vento

Deixando marcas, rasgando páginas envelhecidas

Arrastando sonhos, desejos, sentimentos, emoções

E se não for hoje, pode até ser amanhã

Se o destino não estivesse marcado para ontem

E depois de passado não se volta mais

Tudo passa a ser história, e história se escreve

Talvez se vive, mas história é apenas história

É memória, é lembrança

E lembrança...ah lembrança

É apenas um passado, é apenas um tempo que ficou pra trás

É uma sensação, um toque, um cheiro, um beijo, um abraço

Um laço que paira no ar, não sentirá de forma igual novamente

Nem viverá com a mesma intensidade que viveu

E ai sim, vem as incertezas de um nada ou, de um tudo

Um tudo que não se sabe mais o que é

E se não sei o que é

Como buscar? Como ter algo que é incerto?

É assim o amor

Entender a si mesmo, a própria alma

E depois saber o que buscar no tempo, na vida, na alma

Entender que, nem sempre é como se sonha

E sim como se é,

Não se pode mudar uma alma, pode sim, vivenciar uma alma compartilhar com ela

E aceitar que o amor é um incerto que mesmo não parecendo

Sempre está ali...