O AMOR IV
No princípio eu era
letra esfarrapada,
na língua do mundo.
Ninguém sabia o por que
e por qual motivo eu andava,
ao meio dos animais.
Lembro-me quando nasci,
No vale, nos oceanos,
nas lareiras,
e sempre incluído nos
orifícios das catedrais.
Entre as distâncias,
sul e norte dos corações
comecei a ser o alicerce da alma.
Vagarosamente,
as minhas linhas te mapearam
e me deixaram desvairado.
Toneladas de flechas
e e,mboscadas...
Certas palavras teimam,
Em me encurralarem.
Mas tenho o coração amante.
Somente, ele sabe
das minhas dimensões
e o poder que tenho
de seduzir todos
os corações!