EU NÃO SEI
Eu não sei de namoro,
mas tudo de amor, meu Amor.
Não sei dos contratos
que derivam dos laços.
Caneta, papel, espaço
são comigo liberdade.
Desenho, como conjuntos,
seu amor e meu amor.
Assino como observador,
como quem age amando.
Não rubrico com dor,
como quem age a mando.
Eu não sei de namoro,
mas tudo sei de amor, Amor.
É tanto mais lindo
quanto mais tento descrever.
Sabe que não, não faz mal
que seja criança a seu lado.
Suas reclamações são poesia
a mais pura e sonora.
Quero lhe mostrar o dia,
de cuidar, lhe mostrar a hora.
Eu não sei de namoro,
mas tudo de amar, meu Amor.
Se que não existe pena,
porque não há crime.
Sei que versejar vale a pena,
ainda que não rime.
Não ter a quem se ama
jamais! nunca é punição...
É ordem das coisas do mundo
da liberdade, da paixão
Embora o egoísmo imundo
lance tristeza ao coração.
Eu não sei de namoro,
mas sei tudo de amar, Amor.
Não me tingem e atingem
os maldizeres inexistentes
Aqueles que especulo existirem
sem vê-lo em minha frente.
Ou minto; pondo como certo
algo que é meu desejo
como dizer nossos abraços
e falar de nosso beijo.