Flor Efêmera

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- Silêncio! – Eis tua face na vitrine!
Um silêncio estúpido rompeu o laço...
Inda guardo, em silêncio, um forte abraço!
Não há murmúrio. O silêncio triste exprime.

O silêncio é vão, e, altivo oprime...
Hoje o silêncio é fruto de cansaço...
Em silêncio a esperança vai pro espaço!...
- Silêncio! – É o romper da hora sublime!

A voz silencia: É o momento obscuro!
Não sei do teu silêncio no futuro...
Num só silêncio, gravo a história

que silencia uma fase fugaz d´ouro,
mesmo assim, em silêncio o amor é tesouro,
que um dia será o resumo da alta glória.

Ribeirão Preto, 22 de maio de 2004.
22h00.
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 03/03/2009
Código do texto: T1467329
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