ECOS...
São ecos
Tão disfuncionais
Que se tornam perfeitamente organizacionais
Ecos
Do meu ser
Que se recusa peremptoriamente a envelhecer
Para
Pelo menos
Incontáveis
E memoráveis vezes
Te voltar a ver
Ecos…
Dum passado distinto
Onde criança
Brincava aos labirintos
Ludibriando
O que estava a sentir
Porque aquela estrela anónima
Que sempre brilhou sobre mim
Eras Tu
Caminho que estava destinado
A seguir
Ecos…
Duma guerra que começou
E ignoro quando irá ter um fim
Da luta contra eu próprio
Por gostar
Demasiado de Ti
Ecos…
Da minha imaginação
Copo de vinho bebido ao entardecer
Na tua companhia
Porque sem ela
Seria uma garrafa inteira
Que estaria a beber
Para depois salpicar o excesso
Com as minhas mágoas
Porque a tua presença é eterna
Porque sem ela
Beijos indevidamente retidos
Ficam por dar
E a minha boca amarga…