ECOS...

São ecos

Tão disfuncionais

Que se tornam perfeitamente organizacionais

Ecos

Do meu ser

Que se recusa peremptoriamente a envelhecer

Para

Pelo menos

Incontáveis

E memoráveis vezes

Te voltar a ver

Ecos…

Dum passado distinto

Onde criança

Brincava aos labirintos

Ludibriando

O que estava a sentir

Porque aquela estrela anónima

Que sempre brilhou sobre mim

Eras Tu

Caminho que estava destinado

A seguir

Ecos…

Duma guerra que começou

E ignoro quando irá ter um fim

Da luta contra eu próprio

Por gostar

Demasiado de Ti

Ecos…

Da minha imaginação

Copo de vinho bebido ao entardecer

Na tua companhia

Porque sem ela

Seria uma garrafa inteira

Que estaria a beber

Para depois salpicar o excesso

Com as minhas mágoas

Porque a tua presença é eterna

Porque sem ela

Beijos indevidamente retidos

Ficam por dar

E a minha boca amarga…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 03/03/2009
Código do texto: T1467283
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