As Moedas

Moedas de prata

Tocam cintilando

O chão de pedra

Em rodopios cinzelando

Como pérolas aos porcos

Como sorte aos quatro ventos

Entre almas e corpos

Calmarias e tormentos

Almas de deuses e pagãos

Destino e cru desatino

Nas rudes aveludadas mãos

De um coringa sorrindo

As tochas não dissipam as trevas

Nem aliviam em trovas

A agonia que sinto agora

Que pode nunca chegar nossa hora

De que vale te amar?

Sem correspondência

Sou correspondente

Anônimo lunar

No coleio de seus quadris

Enroscado feito cobra no tronco de seu corpo

Envenenando teu elixir

Pra possuir-te mais um pouco

Feito diabo em carne de pagão

Lobo em pele de cordeiro

Um beijo quente de verão

Um amor pro universo inteiro

Que habita à fundo

Nada mais que o fundo de nossos Crânios

No ponto mais obscuro

De teu encéfalo!

As moedas rodopiam

Feito roletas da vida

E os homens gritam:

“Cara ou coroa é a escolhida?”

Amor, não deveria ser um jogo de azar...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 02/03/2009
Código do texto: T1466125
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