MEU AMOR, HÁ CERTAS COISAS…
Que eu não quero
Ou simplesmente
Não posso explicar
Certas coisas
Que fazem parte da minha realidade dislexicamente difusa
Que pertencem aos meus sonhos
E neles
E só neles devem ficar…
Coisas de arte
Que digo abstracta
Para evitar tal revelar
Mas que são bem concretas
E que por isso
Tenho a urgência
De tas ocultar
Com medo que partas
Com receio que não fiques
Com a fobia
De não gozar
A tua doce
Que tem imenso de embair
Companhia
Pois esta coisa de envelhecer ao contrário
De ter o corpo a engelhar
E a alma todos os dias a rejuvenescer
Não é um filme
(apesar das fitas que faço quando não te sinto…)
É a realidade
São os dias
Nos quais aprendi a viver
Naquela letra ambígua
Dos saudosos poetas Irlandeses
Contigo ou sem Ti
Perto
Mas demasiado longe
De mim…
Meu Amor, há certas coisas…